quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

6x05 "Lighthouse"

Ok, para um episódio escrito pelo trio "dono" da série (roteiro de Damon Lindelof e Carlton Cuse, direção de Jack Bender), Lighthouse é um episódio fraco. Não que seja um episódio ruim, mas não tem jeito, sempre que se ouve falar que "o próximo episódio é escrito pelos produtores" a gente - ou eu, pelo menos - aumenta a expectativa por um episódio sem gorduras ou fillers. E a verdade é que o quinto episódio dessa temporada tem poucos fillers, mas nem por isso se destaca como um episódio-chave.

Pode ser porque eu não curto episódios do Jack (à retumbante exceção do season finale da terceira temporada), e não é que eu ache Matthew Fox mau ator, é só que o Jack é um personagem chato. Os conflitos dele são chatos. 90% das cenas dedicadas ao desenvolvimento da personagem me fazem lembrar que, no roteiro original do piloto da série, ele morria. Não duvido que ele vá ter importância para o desfecho, mas será que essa importância justifica tantos episódios do mesmíssimo drama familiar? Enquanto Sawyer, Hurley, Sayid, Locke, Sun e Jin tiveram arcos evolutivos bem demarcados ao longo da série, Jack parece que nunca sai da mesma nota. E isso porque o salto de 3 anos que o deixou barbudo e transtornado veio na exata metade da série, ou seja, tinha todas as chances de evoluir dali pra frente, mas parece que esse aspecto foi esquecido. Pior que ele, só a coitada da Kate.

Mas teve outra coisa que me incomodou em Lighthouse: o saudosismo descarado. Autoreferências são ferramentas poderosas na cultura pop, e normalmente funcionam bem em Lost, mas nesse episódio, sei lá por quê, a impressão que passou foi que os produtores estavam apenas tendo uma crise nostálgica da primeira temporada, ao contrário de trazendo à tona questões antigas que serão relevantes ao roteiro. Talvez o recurso de usar Hurley para refletir as teorias do público tenha me cansado. Ou talvez seja perigoso evocar tantas memórias da primeira temporada sem garantir que o episódio corrente vá estar à altura.

Exemplo cristalino do que eu digo: a forma como os Darlton encheram a cena de Jin e Claire na cabana com acenos ao episódio em que Sayid é capturado por Rousseau. Passou dos limites da referência e virou paródia. Me fez ficar esperando da pobre Emilie DeRavin uma atuação no mínimo tão forte quanto a da Mira Furlan, o que é francamente covardia. E o quão contraproducente é fazer Hurley e Jack discutirem que "aqueles eram os dias," validando totalmente o sentimento de que Lost nunca vai terminar com a mesma grandiosidade que começou?

Sem falar de algumas cenas onde os produtores pareciam estar exorcizando todas as críticas que eles lêem há 5 anos sobre inconsistências na forma como os mistérios são tratados. Hurley dizendo que nunca haviam visto o farol porque "não estávamos procurando" foi basicamente Darlton dizendo "olha, a história é essa e a gente coloca e retira elementos como a gente quiser, se não gostou vai ver reality show e não torra." O que calha de sempre ter sido a minha opinião em infindáveis debates com outros fãs que anotam cada detalhe de cada episódio pra ficar cornetando depois. Mas precisa descer oficialmente do salto assim? Ou botar cenas em que Jack e Kate se encontram no meio da floresta e batem papo como vizinhos que se cruzaram a caminho da padaria?

No fim das contas, Lighthouse é um episódio tecnicamente perfeito, mas que não empolgou. Claro que eu também gritei com a televisão quando Jack fez o Jack e arrebentou o espelho, mas tudo o que veio antes e tudo o que veio depois foi basicamente nostálgico, divertidinho, e meh. Tanto que eu demorei quase 3 semanas para criar coragem e escrever essa resenha, e só o fiz por completismo já que os dois episódios seguintes, esses sim, me empolgaram para escrever, embora por motivos muito diferentes. Mais a seguir.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

6x04 "The Substitute"

E parece que a sexta e última temporada de Lost finalmente foi agraciada com um episódio de mitologia, e não é nenhuma surpresa pra mim que eu o considere o melhor dos 4. Longe de mim virar um desses telespectadores que valorizam mais os mistérios do que os personagens (até porque, isso é caminho certeiro para a decepção, já que muitos dos mistérios da série são puro jogo de espelhos e fumaça e poucos vão ter respostas definitivas), mas 3 episódios com tão pouco dedicado ao núcleo da estátua estavam me deixando infeliz. Além disso, "The Substitute" foi magistralmente montado para satisfazer tanto a sede por mitologia, na linha temporal de 2007, quanto a sede de atuações e cenas de construção de personagem, na linha temporal de 2004. De fato, foi um episódio tão intenso que eu tinha certeza que tinha acabado no penúltimo bloco, e já estava plenamente satisfeito naquele ponto. Quisera que todo o resto da série fosse escrita nesse ritmo, certeza que a temporada valeria por duas.

Antes de mais nada, deixem-me frisar que essa última temporada é toda do Terry O'Quinn. Ele é tão competente no que faz que até fisicamente diferentes são as duas personagens que ele interpreta, e sem qualquer tipo de maquiagem ou adereço. E digo mais, ambos totalmente díspares do Locke da ilha. O Locke de 2004 é uma pessoa bem mais plácida e madura do que sua contraparte que caiu com o vôo 815, e mesmo antes de vermos Helen em cena, a atuação de Terry já havia comunicado claramente essa diferença. Por outro lado, o monstro no corpo de Locke é assustador, ainda mais assustador do que o Locke da primeira temporada. Ele tem os olhos frios, calculistas, e com um rancor que genuinamente parece ter sido curtido por centenas de anos. E ainda assim, quando o misterioso menino loiro surge para confrontá-lo com a crueldade dos seus atos, ele responde com um já familiar "Não me diga o que não posso fazer" que, apesar de remeter ao dono do corpo que ele agora veste, tem sua base em um ódio infinito, não em uma frustração humana.

Outro destaque desse episódio foi a direção de Tucker Gates, diretor da tchurma do JJ que foi trazido de volta lááá da primeira temporada (quando dirigiu os excelentes "Confidence Man," "... In Translation" e "Born to Run" e desde então só havia voltado à série para dirigir o chatíssimo "I Do" na terceira temporada). Por mais que eu goste do Jack Bender, e eu gosto muito, é sempre bom quando algum diretor convidado injeta planos e tomadas mais ousados na série. Aquele vôo em primeira pessoa do Monstro de Fumaça pela ilha, por exemplo, é ao mesmo tempo assustador e empolgante. Discretamente dá ao telespectador um vislumbre do poder e da força do monstro, e da fúria com que ele vasculha a ilha atrás de seus alvos. Outra cena em que a direção se destaca é a cena em que Locke faz a entrevista de emprego, com planos desconfortáveis que me lembraram Kubrick.

Nesse episódio também pela primeira vez eu estava igualmente interessado nas duas realidades. De fato, no 2004 alternativo, uma das coisas que mais me chama a atenção é como todas as "reapresentações" entre personagens são boas. A cena entre Hurley e Locke foi ótima, dava pra ver claramente que os dois atores estavam se divertindo genuinamente. E como negar que Jorge Garcia também conseguiu fazer um Hurley confiante e patronizador bastante convincente? Para quem entrou na série fazendo papel de si mesmo, é um crescimento digno de nota.

E só pra chover no molhado mais um pouco, mesmo sem ter tido um grande momento na temporada até agora, Michael Emerson engole a cena do enterro do Locke de tal forma que até a piada do Lapidus soa totalmente fora de tom depois de suas palavras finais. Tenho certeza que no papel ela se encaixava bem, ninguém deveria imaginar que Emerson iria conseguir fazer o público chorar com uma fala de 15 segundos e um olhar tão carregado de emoções conflitantes quanto o sorriso da Mona Lisa.

Em termos de roteiro, "The Substitute" é primoroso. Na linha de tempo de 2004, é um dos melhores episódios Locke-centricos de toda a série, e a resignação com sua condição no final, e a aceitação da Helen, me marejou os olhos. E na linha de tempo de 2007, é um meta-episódio que tem a principal função de resgatar, pela quinta vez, o interesse do público na história depois de um hiato de meses (que é a razão pela qual existem pouquíssimas teleséries com arcos que ultrapassam os limites de uma temporada, coisa que Carlton Cuse e Damon Lindelof aprenderam a duras penas). Enquanto o público é (muito bem) representado por um Sawyer que já não tem mais paciência para a forma manjada da série apresentar seus mistérios - me senti libertado quando o Smokey diz que ele parece "pouco impressionado por falar com um morto" e ele diz que já tá cagando e andando pra essas coisas pseudochocantes -, o Flockezilla tem a função de nos ludibriar (ok, praticamente implorar) para voltarmos a querer saber afinal qual é a razão daquilo tudo. E no fim, depois de tentar nos seduzir com aparições, frases interrompidas, cenas de ação e jogos mentais olhando em nossos olhos, ainda nos dão um doce mostrando aqueles nomes riscados na pedra. E eu que tinha reclamado que não havia mais nada na ilha para ser descoberto, tive uma grata surpresa que chegou a remeter ao famoso e saudoso mapa na parede da escotilha (guardadas as proporções, claro). Por um momento, Lost voltou a ser aquela série que uns dementes (eu) ficavam dando pause e capturando tela pra analisar centímetro a centímetro cada pedaço de cena. E eu fui feliz.

Então ok, Damon, Cuse, vocês me convenceram a mais uma vez me envolver com a história de vocês. Não tenho grandes expectativas, mas as poucas que eu tenho, espero que vocês não decepcionem ao final. Por enquano, tá indo tudo muito bem.

E antes de ir, só para eleger como melhor cena do episódio aquela em que o Locke falso pega a pedra branca, analisa lentamente, depois a atira no mar e quando indagado por Sawyer o que foi aquilo, responde: "piada interna" =D

Semana que vem tem mais!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

6x01-02 "LA X" / 6x03 "What Kate Does"

Lost é uma série misteriosa. Não apenas em seu enredo, mas também em sua capacidade de me cativar ou não. Antes do início da sexta e última temporada, o ponto aonde o quinto season finale havia nos deixado, aliado à decisão dos produtores de não revelarem absolutamente nada sobre o futuro da série até bem pouco antes da reestréia, criou em mim aquele efeito já conhecido dos fãs do primeiro Matrix - fiquei internamente teorizando sem qualquer material para me embasar, e consequentemente sem nada para me limitar. Além disso, a pesada autoreferência contida nas promos que usavam apenas cenas das temporadas anteriores me deixou pronto e ansioso para uma temporada que tivesse um climão amalgamado dos melhores momentos da primeira, segunda e quarta temporadas (as que têm as melhores atmosferas, na minha opinião). Daquela época em qua ainda não sabíamos de nada e cada novo episódio dava mais nós na nossa cabeça. Sim, eu sei que a maioria de vocês que reclamavam da falta de respostas naquela época hoje também se sentem órfãos da sensação, não precisam esconder. Aqueles eram os dias.

Pois bem. Quis o destino que o último season premiere duplo, "LA X," não me empolgasse o suficiente para me fazer escrever sobre. E no entanto, o terceiro episódio, "What Kate Does," que muita gente criticou por ser arrastado e sem ritmo, estranhamente me empolgou tanto que resolvi fazer uma crítica conjunta às 3 primeiras partes do fim da saga Lost. Então perdoem-me pelo tamanho do texto, pensem que são 3 episódios sendo analisados.

Nesses meses que separaram "The Incident" de "LA X," a questão primordial na cabeça dos fãs (ok, na minha) era saber se as previsões do saudoso Daniel Faraday estavam corretas e se a bomba realmente faria um reset na série. "LA X" já começou me fazendo "a-há" e revelando que os produtores mais uma vez tinham me feito de bobo. A bomba tanto funcionou quanto não funcionou, e agora eu estava vendo os dois resultados em paralelo. Tá, ok, Darlton, vocês me pegaram de novo. Claro que se alguém tivesse teorizado que "ei, a explosão funcionou mas não funcionou" antes da estréia, teria sido descartado imediatamente como absurdo. Mas essa decisão ousada, apesar de surpreendente, não deixa de ter consequências. Qual das realidades eu deveria estar seguindo? Qual a relevância de uma pra outra? Uma realidade aonde o vôo 815 nunca caiu é poética e cheia de significados, mas o que há pra se ver além do aeroporto? Uma das coisas que me incomodou na season premiere foi isso. Ao que parece, a realidade desses "Flash Sideways" tem lá suas coincidências e similaridades com a linha de tempo que acompanhamos por 5 anos, mas só essas pequenas estranhezas não foram suficientes para me deixar realmente interessado no desenrolar da trama naquela realidade. Nem as aparições de Boone, Charlie, Arzt, Neil e outros ex-cadáveres me fizeram nada, primeiro por (fourth wall, eu sei) saber que Ian Sommerhalder e Dominic Monaghan estão comprometidos com outras séries e portanto dificilmente vão aparecer de novo, segundo porque evidentemente senti falta de outros ex-sobreviventes (Shannon, Ana Lucia, Libby, Michael, Walt, Eko, até do Paulo e da Niki). Mesmo que aparecessem de relance, acho que teria sido a melhor season premiere do universo se eles tivessem de fato recomposto todo o vôo 815 e não apenas salpicado uma ou outra participação especial aqui e ali.

Por outro lado, na realidade "principal" (ou seja, a que continua a saga de onde ela parou), o que me incomodou um pouco foi que - a despeito do que o clima das promos me fez acreditar - não existem mais mistérios. O Templo, o último dos misteriosos locais da Ilha que ainda residia apenas no imaginário do público, foi revelado em grandes planos abertos logo no primeiro episódio. Isso me deixou um pouco melancólico - talvez por ter deixado crescer em mim um saudosismo da primeira temporada, graças às promos. Agora, a não ser que inventem alguma estação Dharma maluca no meio da temporada (duvido), já conhecemos a Ilha inteira. Não entendam mal, eu estou tão ansioso para ver o desfecho da batalha entre Esaú-Flockezilla e Jacob quanto qualquer um de vocês. Mas definitivamente, a temporada não terá nada de parecido com a primeira. E nem deveria ter, se pararmos para pensar. É o desfecho da história. Os movimentos finais do jogo. A hora de grandes e épicos confrontos, não de mistérios e sutilezas.

Passando por cima dessa sensação esvaziada que "LA X" me trouxe, tenho que ressaltar que a premiere tem seus grandes momentos. Em especial, o Adversário falando sobre Locke e a sua morte, foi bastante tocante, principalmente quando víamos alternadamente cenas do bom e velho (e paralítico) Locke na realidade alternativa, ostentando um orgulho quase sincero por ter feito o Walkabout. Todo mundo sabe que eu adoro Terry O'Quinn, mas a atuação dele em dois papéis nessa premiere estava arrasadora. Inclusive, é preciso dizer que Terry fazendo um vilão é algo tão delicioso que eu quase sinto raiva dos produtores por terem guardado esse papel para a reta final.

Outro que voltou com tudo em termos de atuação é Josh Holloway, a meu ver o ator que mais cresceu ao longo da série. Aliás, intercalar cenas dos personagens ainda no distante 2004 pré-queda com 2007 pós-merda-toda realmente faz sobressair a evolução de certos personagens (Sawyer, Locke) em contraste à mesmice de outros (Jack, Kate). Não acho que seja tudo culpa dos roteiristas, o trabalho de Josh e Terry tem grande participação nesse aspecto.

Nem preciso dizer que as interações dentro do avião e no aeroporto foram muito bem conduzidas e, por vezes, me trouxeram lágrimas aos olhos. A autoreferência em Lost é certeira, e a série nunca vira uma paródia de si mesma (bem, à exceção da terceira temporada, mas graças a deus isso são águas passadas). E Michael Giacchino sabe que seu trabalho com esses personagens e cenários está chegando ao fim, então não guarda áses na manga. Toda a trilha sonora de "LA X" é apoteótica em seu leitmotif.

Agora deixando a premiere de lado e finalmente chegando a "What Kate Does;" Talvez tenha sido a ausência da expectativa criada para a reestréia, mas o terceiro episódio remediou o que havia me incomodado a semana inteira: despertou um interesse sincero pela realidade paralela de 2004. Rombos de roteiro à parte (em que universo uma adolescente grávida recém-chegada num país estranho aceitaria uma carona oferecida pela mesma pessoa que sequestrou seu taxi horas antes botando uma arma em sua cara?), as similaridades bizarras entre as interações dos personagens em uma e outra realidade deixam de ser apenas um fanservice e passam a realmente encafifar o público. A hora em que Ethan aparece me deu um arrepio. E toda a história dele retardar o nascimento de Aaron com drogas ("Não quero espetar você com uma seringa sem seu consentimento." - O RLY Ethan?!) e o fato de Kate estar perto de Claire na hora do parto, enfim, eu realmente agora acho que tem algo de curioso ocorrendo com aquelas pessoas e quero saber o que é. Ainda não estou totalmente comprado, me falta um sinal de que aquilo tudo é ou será relevante para os Losties da realidade principal (só o "funcionou" de Juliet não me convenceu). Mas estou entretido, pelo menos.

E na ilha de 2007, apesar de não termos tido Flockezilla, tivemos mais cenas ótimas com Josh Holloway, e um pouco de mitologia. Aparentemente, o monstro de fumaça tem meios de reviver e corromper os corpos dos recém-falecidos da ilha, além de simplesmente tomar a forma deles. Se os Others são o exército de Jacob, montado através dos tempos com pessoas que eram atraídas para a ilha, o Monstro também reforça suas fileiras infectando os mortos. Ficou evidente, agora, que Claire morreu na explosão da casa em Otherville e que foi ressuscitada pelo Monstro, e lentamente corrompida até ser levada embora pela imagem de Christian. E Sayid, parece, terá o mesmo destino. Tenso!

Por outro lado, Jacob não é nada idiota, e sabia exatamente a equipe que estava montando quando reuiniu os Losties que precisava para reverter sua morte, fato evidenciado quando ele aparece para Hurley, que é "aberto" para a visita de espíritos. Porém, seu plano não está funcionando a contento, já que ele disse que Sayid tinha que sobreviver a qualquer custo, o que não ocorreu. Será que Jacob se lascou? Ou isso é só mais um movimento de peças por parte dele?

Quanto ao Dogan e sua turma, estou tentando superar o desconforto que sempre me acomete quando um personagem importante surge do nada no meio da história (se o Dogan é o manda-chuva dos Others do Templo, qual a relação hierárquica dele com Richard, ou mesmo com Ben? Ele não devia ter sido ao menos mencionado antes?). Mas fora isso, ganhei uma certa simpatia por ele na cena em que ele faz Jack desengolir a pílula de veneno. Só espero que ele comece a falar logo, porque nem eu tenho mais paciência para o discurso otheriano de falar pouco e dizer nada.

No final das contas, a sexta temporada de Lost pode não ter me pego pelas bolas logo de início, mas me capturou a contento. Não tenho reclamações a fazer do ritmo ou da forma como esse último ato se desacortina, mas espero que não demorem muito a amarrar as duas histórias que estamos assistindo. Ficarei mortalmente decepcionado se descobrir que a realidade alternativa de 2004, onde o avião não caiu, não faz qualquer diferença para a disputa milenar de poder entre as peças brancas e as peças negras, que se aproxima de um desfecho em 2007.

Agora é roer unhas por mais uma semana ;)